Mostrando postagens com marcador O mapa-múndi aos pés da cama. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O mapa-múndi aos pés da cama. Mostrar todas as postagens

Preciso de um drinque


É quase noite, a aranha já tece o halo da lua
Melhor sairmos para beber alguma coisa

Vê, todos os bares já acenderam as luzes
Do outro lado da ponte

Deve haver alguma portinhola onde vendam cigarros
Acabaram-se os seus cigarros, não acabaram?

De que adianta ficarmos aqui
Entre o porão e o sótão

A aranha vai deixar a velha lua como nova
Vamos deixá-la pousar na sua mão

Pare de se sentir como um telefone que toca no escuro
Pare de se sentir como aquela lâmpada na alameda vazia

Eu estou aqui
Vou tirar do poço a sua garrafa de náufrago
E jogá-la no rio

* Este poema é parte de O Mapa-múndi aos pés da cama. Você pode baixar o livro inteiro em PDF. Clique aqui